Em 1862 EDWIN SMITH, especialista em Egito Antigo, encontrou uma banca vendendo papiros.
Um com 110 folhas descrevia a prática da medicina do tempo dos faraós. Comprou por 12 libras.
Batizado como "papiro de Ebers", foi avaliada sua escrita em 1534 antes de Cristo.
Descreve condições médicas e cerca de 700 preparações de ervas medicinais.
Entre elas um tônica extraído da raiz do salix ou tjeret, o nosso salgueiro.
Era panaceia para aliviar dores nas juntas e em outras partes do corpo.
A partir de 200 d.C, invasões e comércio espalharam seu uso pelo mundo civilizado.
O reverendo Stone foi estudá-lo para aliviar as dores articulares que o alfligiam.
No século 19 iniciaram uma competição para sintetizar o princípio ativo presente no salgueiro.
Pesquisadores conseguiram refinar cristais amarelos com atividade e aprimorar sua extração.
Em 1850 já era popular remédios com nomes de salicílico, ácido salicílico e salicilato de sódio.
Tratamento de dores, febre e inflamações causava irritação gástrica, urgia derivado menos tóxico.
Em 1859 Hermann Kolbe desenvolveu um processo e em 1894 Felix Hoffmann juntou-se a Bayer.
Sintetizado o ácido acetilsalicílico, foi registrado como ASPIRINA em 1º de fevereiro de 1899.
Em 1904 já em comprimidos. São produzidas 40 mil toneladas de ácido acetilsalicílico cada ano.
26 mil trabalhos científicos. Aceito universalmente como antitérmico e anti-inflamatório.
Em 1970 foi identificado para inibir a agregação de plaquetas para doenças cardiovasculares.
Doses baixas de ácido depois de um derrame reduz o risco de um 2º episódio.
162 a 325 mg nas 24 horas após infarto reduz seus riscos.
2 a 3 comprimidos de 100 mg para uma dor sugestiva de ataque cardíaco, maç não faz.
                                                                          (Drauzio Varella na Folha de 14/01/12)